terça-feira, 8 de agosto de 2006

Corporativismo explicito e imoral entre os membros da CPI dos Sanguessugas!!!

guiarFoto/Celio Azevedo/Agência Senado

Membros da mesa diretora da comissão
Presidente
- Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ)
Vice-presidente - Raul Jungmann - PPS-PE
Relator - Senador Amir Lando (PMDB-RO)

A CPI dos Sanguessugas está investigando 90 parlamentares, 87 deputados e 3 senadores, como autores das emendas para beneficiar a "máfia das ambulâncias".

Não houve quorum na sessão desta terça-feira para votação dos 121 requerimentos que estavam na pauta, dos 36 membros da CPI, 18 deputados e 18 senadores, apenas 2 senadores e 8 deputados se fizeram presente ao trabalho, para o qual esses imorais ganham nosso dinheiro.

Segundo o vice-presidente da CPI, deputado Raul Jungmann - PPS-PE, “quem não compareceu à reunião tem que justificar a falta por escrito ou então ser colocado na lista de quem não quer punir os "sanguessugas".

Logo no início da reunião, o senador Wellington Salgado - PMDB-MG, disse que havia apresentado um ofício ao “seu padrinho” o presidente do Senado, Renan Calheiros, reclamando que a CPI não estava garantindo o amplo direito de defesa aos acusados. O senador disse ainda que a CPI estava cometendo outras irregularidades como o vazamento de documentos que estão sob segredo de justiça e a tomada de decisões antes da votação e aprovação dos membros da Comissão. “Temos que ouvir a versão não só de Vedoin (dono da Planam, empresa apontada como organizadora da "máfia das ambulâncias"), mas também de outros, porque ele não é o único dono da verdade”, criticou o senador Wellington.

Na resposta as acusações do senador Wellington Salgado, o presidente Biscaia foi enfático ao lembrar que todos os parlamentares citados pela CPI foram notificados a apresentar defesa por escrito, embora uma comissão parlamentar de inquérito não seja um fórum de defesa, mas apenas de investigação. “Não há nada na Constituição Federal ou em qualquer outra lei que estabeleça o direito de defesa no âmbito das investigações” justificou Biscaia, que recebeu o apoio de vários parlamentares.

Segundo Raul Jungmann, a segunda fase de trabalhos da comissão, que vai investigar a participação do Poder Executivo no esquema de fraudes ao Orçamento da União, vai começar imediatamente após a divulgação do relatório sobre o envolvimento dos congressistas, mas em ritmo lento por causa das eleições.

- A CPI vai até dezembro, mas deve ter uma redução do seu trabalho a partir da entrega do relatório desta quinta. A partir do dia 2 de outubro, retoma a todo vapor até dezembro e, se necessário, até janeiro, mas não vamos deixar escapar um único sanguessuga sequer - declarou o vice-presidente da CPI.
Foto/Celio Azevedo/Agência Senado

Tumulto
A partir dai o deputado Fernando Gabeira - PV-RJ, um dos sub-relatores da comissão, e o senador Wellington Salgado - PMDB-MG, integrante da CPI, se agrediram verbalmente.

Gabeira queixou-se de que Salgado foi "bastante duro" com a CPI, por ter enviado ao presidente do Senado, Renan Calheiros, um ofício acusando a comissão de não garantir o direito de defesa aos 90 parlamentares convocados a prestar esclarecimentos, vazar para a imprensa documentos que estão sob segredo de Justiça e tomar decisões com reduzido número de opiniões.

O sub-relator defendeu-se argumentando que, independentemente de convocação, todos os membros da CPI estavam tendo acesso a documentos e ajudando na tomada de decisões, desde que comparecessem à sala de reuniões. Gabeira chegou a levantar a suspeita de que Wellington está tentando sabotar os trabalhos da comissão, por ser contra a CPI.

O sub-relator também acusou Wellington Salgado de beneficiar seus interesses empresariais, já que é proprietário de universidade e preside a
Comissão de Educação do Senado. E disse mais, que o Senador Salgado é um constrangimento para a CPI e que estava a serviços da quadrilha do PMDB que está sendo desbaratada, e já tem um comprovadamente envolvido, referindo-se ao Senador Nei Suassuna – PMDB-PB.

Senador Welington Salgado
Foto Arquivo/Senado
"O senhor devia pedir demissão da Comissão de Educação" exigiu Gabeira.

Gabeira mencionou ainda uma suposta troca de favores entre Wellington e Renan Calheiros. O primeiro teria presenteado o presidente do Senado, com uma TV de plasma, depois de ter "ganhado" de Renan um terreno no valor de R$ 6 milhões.

Em sua defesa, Wellington admitiu ser amigo pessoal do presidente do Senado, mas garantiu nunca ter se aproveitado dessa amizade. Quanto ao terreno, não teria ganho "de presente", mas comprado quando Renan era vice-presidente da Campanha Nacional de Escolas da Comunidade - Cnec, e a entidade colocou o terreno à venda. O senador observou que foi eleito por unanimidade para a presidência da CE, fato que o deixa orgulhoso, além de seu desempenho empresarial e que não fez história com sequestro, uma alusaão ao sequestro do embaixador americano no Rio na época da ditadura, em qua Gabeira foi um dos participantes, e perguntou o que era Gabeira? "Um terrorista com uma bomba que morria três quatro vezes?" finalizou o senador com uma defesa meio tumultuada e sem explicar muito caoisa.

- Ao contrário do senhor deputado, que fez história seqüestrando - disse Wellington.

Isso foi tudo que o senador confrontado consegui dizer … para nossa análise profunda sobre esse senador.

Fonte: Agência Senado – Veja mais …
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