segunda-feira, 12 de fevereiro de 2007

Mais uma vítima da tolerância irresponsável

Os pais e João / Foto o Globo

Os pais de João Hélio Fernandes Vieites, o menino que foi, cruelmente, morto, arrastado pelo cinto de segurança no carro de sua própria mãe, ao ter o veículo roubado por marginais, e ficar preso do lado de fora, arrastado por 14 ruas dos bairros de Osvaldo Cruz, Campinho, Madureira e Cascadura. Em entrevista a jornalista Fátima Cordeiro da Rede Globo, no programa Fantástico, sobretudo a mãe de João, que viveu o problema mais próximo, entendeu, a duras penas, da pior forma possível, o que todos os policiais e aquelas pessoas que por força de ofício, lidam no dia-a-dia com bandidos, seja de que idade for, já sabem desde o primeiro dia que começa a lidar com eles, e a nossa sociedade, e um monte de Fariseus, e aqueles que nunca foram vítma deles, só entendem quando sofrem o problema na pele, antes acham que são coitadinhos. Entenderam eles, que marginal não é ser humano, que marginal é bicho pernicioso, peçonhento, e que não tem coração, não se condoem com o sofrimento dos outros, é cruel, rir das barbáries, das desgraças e do mal que praticam contra a sociedade e as pessoas, e só quem lida com eles no dia-a-dia, é capaz de entender nas entrelinha, as palavras daquela senhora quando diz que “eles não tem coração, eu pedi pra esperar pra tirar o João, e ele disse, -sai sua vagabunda-

Enquanto isso nossos canalhocratas políticos, alguns religiosos oportunistas, e instituições criadas para defender única e exclusivamente bandidos, como os “Direitos Humanos” que nunca aparecem numa hora dessas, mas se um policial daqueles que os prenderam os marginais os tivessem torturado e arrastado num carro até a morte para pagarem com a mesma moeda o crime bárbaro que cometeram, ai os “Direitos humanos” entrariam em cena com toda força ocupando espaço em toda a mídia e cobrando justiça, prisão e pena máxima para os policiais. Mas como foi um civil, um menino de seis anos, um membro da sociedade que teve a vida ceifada precocemente pelos marginais, nada alterou nos gabinetes dos membros dos “Direitos Humanos”, isso não é problemas deles, já que a vitima não é um bandido, e sim um membro comum, indefeso da sociedade, que por falta de vergonha na cara de nossa sociedade cordeira, que não se mobiliza violentamente também e de verdade, exigindo um basta contra esse estado de coisa.

Essa mesma sociedade que elege bandidos comprovadamente para cargos políticos no Congresso Nacional, e depois sofre as conseqüências de sua irresponsabilidade e alienação mental ao acreditar e votar nessa escória de aventureiros, oportunistas, vagabundos, ladrões, a maioria respondendo processos na Justiça, indiciados pelo Ministério Público, por crimes como, de caixa dois, desvio de verbas, mensaleiros, origem de dólares, recebimento de propina, tráfico de drogas, e roubo mesmo, já foram indiciados e cassados no Congresso, e alguns renunciaram para não serem cassado, representantes de todo crime organizado, existem inquéritos para uma grande maioria dos congressistas responderem, mas eles não sabem de nada, não viram nada, nem fizeram nada, e fazem leis para se auto-beneficiar, invocando fórum privilegiado.

Esses imorais, sobretudo os do legislativo, possuem vários projetos engavetados para endurecer as penas para esse tipo de crime, mas preferem fazer média com o crime organizado, votando projetos que amenizam e desclassificam as penas, como, por exemplo, o crime hediondo, dando à suas praticantes regalias como, liberdade condicional, quando deveriam, quando em outros países civilizados nunca dariam, teriam que cumprir a pena completa, até o ultimo dia. Mas no Brasil no Código Penal que é de 1940, de vez em quando sofre uns “remendos” e ainda permanece dizendo com um artigo que diz que ninguém pode ficar mais de 30 anos de cadeia.

A resultada de toda essa anarquia, dessa promiscuidade político oficial, é a sociedade sofrendo as conseqüências de sua própria irresponsabilidade ao eleger bandidos em todos os setores da política brasileira, são os policiais trabalhando enojados, revoltados, arriscando suas vidas e morrendo na mão de bandidos enquanto os políticos prestam solidariedade a eles aprovando leis e instrumentos para beneficia-los, e ai vem o ápice, o limite da tolerância, como temos assistido de vez em quando na imprensa, o Massacre do Carandiru, Chacina de vigário Geral, Massacre da Candelária, e mais recentemente a Chacina de Nova Iguaçu na baixada Fluminense. Ai viram todos vítimas de uma “barbárie” cometida por policias.