domingo, 8 de outubro de 2006

Se cuida alemão, tua batata tá assando

Foto / Uol


Shumacher x Lula: Dois homens, dois destinos idêntidos, dois derrotados

Shumacher, estava com a mão no título de campeão mundial de Formula 1 de 2006, quando um problema mecânico, seu motor explodiu, e ele viu o campeonato escapar de suas mãos, seu companheiro de equipe, o brasileiro Filipe Massa foi ultrapassado por Fernando Alonso que chegou em primeiro ao final da corrida, ficando com 10 pontos de vantagem para o último grande prêmio do ano, o grande prêmio do Brail.

Lula, estava com a eleição garantida no primeiro turno, segundo as pesquisas, era o favorito, mas como Shumacher, um probleminha ético, a compra de um suposto "dossiê" de R$ 1.700 milhão, por seus assessores, numa ação própria de gangteres, para fazer um jogo sujo contra os candidatos concorrentes, e isso desmontou seu esquema, agravado que seu Ministro da Justiça proibiu mostrar as imagens e divulgar a origem do dinheiro antes das eleições, com isso Lula despencou de 56% de intenção de votos, para 48% nas urnas, seu principal concorrente, Geraldo Alckmin que aparecia nas pesquisas apenas com 22% de intenção de votos, teve 41% nas urnas, e agora é o favorito para ganhar as eleições para a presidência da República. Assim como Shumacher, achamos que Lula também dançou.


F-1
Alonso vence no Japão, vira o Mundial e fica perto do bi
Ferrari vai lutar até o final pelo título", afirma Montezemolo
Fernando Alonso já é campeão", afirma Schumacher

Flores, Flores para los Muertos


Colaboráção: Maria Amélia

Foto Jornal do Comércio de Jahu

Fernando Gabeira

Sempre que os fatos ganham velocidade, costumo comprar um bloco de notas. Anoto frases, idéias, intuições e deixo que se decantem com o tempo. Volto a elas, depois, para rejeitá-las ou desenvolvê-las. A primeira frase que me veio à cabeça foi a da vendedora de flores que encerra um filme.

O pequeno bloco também tem idéias. Por exemplo: comparar a ditadura com o governo Lula. Uma neutralizou o Congresso pelo medo; o outro, pelo pagamento de mesada. Ditadura e governo Lula compartilham o mesmo desprezo pela democracia, ambos violentaram a democracia reduzindo o Parlamento a uma ruína moral.
Os militares prepararam sua saída de forma organizada. Nem muito devagar para não parecer provocação nem muito rápido para não parecer que estavam com medo. Já o núcleo duro do governo Lula parece perdido, batendo cabeça, ou melhor, enfiando-a na areia, sem perceber que a polícia está chegando e, daqui a pouco, alguém vai gritar na porta do Planalto: "Se entrega, Corisco".
Quando era menino e vivia em Juiz de Fora, fazíamos rodas de capoeira, bastante rudimentares, confesso. Mas cantávamos: "A polícia vem, que vem brava/quem não tem canoa, cai n'água".
Tudo isso jorra aos borbotões na minha caderneta. Anotei: chamar alguém do "Guinness", o livro dos recordes, para saber se algum tesoureiro de qualquer partido do mundo se desloca com batedores de motocicleta e carros clones para iludir perseguidores; se algum tesoureiro partidário se desloca com jatos particulares, semanalmente; se introduz no palácio associação de empreiteiros que receberam R$ 1,1 bilhão de dívidas.
Os militares batiam, davam choques e insultavam na sessão de tortura, mas vi muitos dizendo que me respeitavam porque deixei um bom emprego para combatê-los com risco de vida. Eles viam ideais no meu corpo arrasado pelo tiro e pela cadeia.
O PT queria que eu abrisse mão exatamente da minha alma, e me tornasse um deputado obediente, votando tudo o que o Professor Luizinho nos mandava votar. Os militares jamais pediriam isso. Desde o princípio, disseram que eu era irrecuperável e limitaram-se à tortura de rotina.
Jamais imaginei que seria grato aos torturadores por não me pedirem a alma. Não sabia que dias tão cinzentos ainda viriam pela frente. Que seria liderado por um homem que achava que Maurício de Nassau era um deputado de Pernambuco. Logo eu, que sou admirador de um deputado pernambucano chamado Joaquim Nabuco.Foram os anos mais duros de minha vida. No meu caderno anoto frases e indicações da semelhanças da luta contra a ditadura e da luta contra este governo, desde que comecei a criticá-lo, com a importação de pneus usados. As pessoas têm suas carreiras, seus empregos, sua racionalizações. É preciso respeitá-las, atravessar o deserto sem ressentimentos.
Agora, sobretudo, é preciso respeitar o sofrimento dos vencidos. Outro dia, quando me referi a um núcleo na Casa Civil como um bando de ladrões que atentava contra a democracia, uma jovem deputada do PT estremeceu. Senti que não estava ainda preparada para essas palavras cruas. E fui percebendo pelas anotações que talvez esteja aí, para o escritor, o mais rico manancial de toda essa crise. Como estão as pessoas do PT? Como se ajustam a essa nova realidade, que destino tomaram na vida?
Procuro não confundir, entre os que ainda defendem o governo, aqueles que são cínicos cúmplices e os outros que apenas obedeceram a ordens sob a forma da aplicação do centralismo democrático. Alguns defendem porque ainda não conseguiram negociar com sua própria dor. Não podem suportá-la de frente. Mas terão de fazer algum dia, porque, por mais ingênuos que sejam, já perceberam que a mãe está no telhado.
Vamos ter de encarar juntos essa realidade. A grande experiência eleitoral da esquerda latino-americana, admirada por uma Europa desiludida com Cuba e Nicarágua, a grande novidade que verteu tintas, atraiu sábios, produziu
livros e seminários, vai acabar na delegacia como um triste fato policial de roubo do dinheiro público e suborno de parlamentares.
Só os que se arriscarem a ir até o fundo dessa abjeção, compreendê-la em todos os seus detalhes mórbidos, têm chances de submergir para continuar o processo histórico. Por incrível que pareça, o Brasil continua, e a vontade de mudar é mais urgente do que em 2002. Por isso proponho agora um curto e eficaz trabalho de luto.
Anotação final: começa o espetáculo da CPI, secretárias e suas agendas, ex-mulheres e suas mágoas, arapongas, tesoureiros e seus charutos, vossa excelência para cá, vossa excelência para lá, sigilos bancários, telefônicos, emocionais. Viu, Duda, que cenas finais melancólicas quando um mercador tenta aplicar à complexidade da
política a singeleza do vendedor de sabonetes?
Leia Também:
gabeira - política

Texto veiculado no jornal Folha de S. Paulo, em 18.06.2005, disponível na página
www.gabeira.com.br

Trilha: “Os Cinco Companheiros”, de Pixinguinha, do disco “Pixinguinha-100 anos”, do CCBB-RJ.

Formatação de Ren@to Fonseca, em 26.06.2005.

Se Lula perder pro Alckimin ai eu "Bebo pa carai"


Se Lula perder as eleições pra Geraldo Alckmin, do alto de sua arrogância e prepotência, "eu vou tomar um porre de felicidade, vou sacudir eu vou zuar toda cidade ..." e ainda vou beber todas, até ficar igual ao meu amigo ai "bebo pa carai" e a minha alegria vai ser tanta que vou cantar, veja o vídeo na matéria abaixo - Explode coração na maior felicidade, é lindo meu Salgueiro contagiando e sacudindo essta cidade .... Segura peão ...

Explode coração - Samba enredo do Acadêmicos do Salgueiro 1993



Só da pra explodir o coração depois que o arrogantemente Lula contava vitória antes do tempo e deu segundo turno
Deu segundo turno depois que a camarailha tentou jogar sujo, de novo, e trapalhões, atrapalhados e incompetentes como são, deram "um tiro no pé", os principais assessores de Lula, candidato a reeleição, e Mercadante, candidto ao governo de São Paulo, tentaram comprar um monte de papel velho por R$ 1.700,00 milhão, achandio que era um "dossiê" que detonava Alckmin e José Serra, o detonado foi Lula, que apesar de ter seus principais assessores envolvidos, não sabe de nada, de novo, e mercadante, também não.
Mas o fato é que se Lula perder as eleições para Geraldo Alckmin, do alto de sua arrogância e prepotência, "eu vou tomar um porre de felicidade, vou sacudir eu vou zuar toda cidade" e ainda vou beber todas, até ficar igual ao meu amigo ai "bebo pa carai" e "a minha alegria vai atravessar o mar e ancorar na passarela" e vi ser tanta que vou cantar, veja o vídeo do samba enredo de 1993 do Acadêmicos do Salgueiro, acima, "Explode coração na maior felicidade, é lindo meu Salgueiro contagiando e sacudindo essa cidade ..." Segura peão ...

Bebo pa Carai



Depois que as urnas fizeram o nosso arrogante, asqueroso e prepotente presidente voltar a vestir a "fantasia da humildade", tirou o "salto alto", "baixou sua bolinha murcha", "colocou o pesinho no chão" e “afinou sua viola” voltou a ser o “Lulinha Paz e Amor” o "fala fino" se não a vaquinha dele pode ir pro brejo com corda e tudo.

Se ele perder essas eleições para o Alckmin, que no primeiro turno as pesquisas davam com 26% até o dia das eleições, e ele teve 41%, ai eu vou pra galera, vou sair naa ruas cantando dançando e bebo pa carai.