segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Campanha Não Vote em Mensaleiro

Texto na íntegra do Site Transparência Brasil
Correio Braziliense (DF) - 9/7/2006
Não vote em mensaleiro

Claudio Weber Abramo
Copa do Mundo, no Brasil, é coisa séria. Não só para o torcedor habitual, mas, também, para todo um contigente de pessoas que, normalmente, não dá um tostão furado para o futebol. É o caso deste que escreve, que seria incapaz de ranquear times ou discorrer sobre por que o Ronaldinho Gaúcho se transformou, em campo, em Belo Antônio.

Mas uma coisa sei - que o discurso pragmático do técnico Carlos Alberto Parreira era só para inglês ver. Disfarçava o vazio de idéias e o compromisso com a embromação como meio de vida. Pragmatismo não é vencer jogos contra times irrelevantes. Pragmatismo é manter-se aceso ao que a realidade ensina, processar essas informações e agir de acordo. Foi o que não se viu durante a malograda gestão Parreira à frente da seleção brasileira de futebol.

Eleições são um pouco como uma Copa do Mundo. Uma das diferenças é que as conseqüências de eleições para a vida das pessoas são muito mais profundas do que meia dúzia de partidas de futebol. Digamos, então, que o eventual leitor não seja o Parreira, mas alguém dotado de um mínimo de apego à materialidade da vida, e digamos que precise escalar um time legislativo.

O plantel que tem à sua disposição inclui diversos parlamentares com ficha limpa, mas, também, é povoado por quase duas centenas de comes-e-dormes que respondem a processos na Justiça por crimes diversos. Do mensalão ao contrabando e ao tráfico de drogas, inúmeros deputados federais processados na Justiça buscam reeleição este ano. O mesmo pretendem diversos ex-ministros, ex-governadores, ex-prefeitos de capital com fichas pesadíssimas.

Pois bem, será que, na eleição, de fato vale a pena insistir na escalação dessa gente? Será que faz sentido votar, ou apoiar eleitoralmente, um sujeito indiciado no caso do mensalão, ou dos sanguessugas, ou que responda na Justiça por crime de responsabilidade ou assassinato? Parreira insistiu na escalação de gente que se mostrava despreparada para, no campo, cumprir o papel que lhes caberia. Ao fazê-lo, agiu de forma antipragmática.

É o que fará o eleitor se permitir que mensaleiros, vampiros e outros [Trecho suprimido por determinação do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, acatando parcialmente reclamação formulada pela coligação PT-PC do B. Decisão final dependente de julgamento de recurso.] retornem à Câmara dos Deputados. A metáfora futebolística cessa por aqui, pois ser derrotado antes da hora numa Copa do Mundo não traz nenhuma diferença para a vida das pessoas. Já permitir que pessoas indiciadas em processos criminais sejam eleitas para o Congresso Nacional é dar tiro no próprio pé. Literalmente, é entregar o ouro para o bandido.

Não se deve permitir que mensaleiros e companhia bela sejam reeleitos. Para ajudar a evitá-lo, a Transparência Brasil lançou a campanha "Não vote em mensaleiro". A campanha se instrumentalizará com diferentes iniciativas, a principal sendo a publicação, no final de julho, de um banco de dados na internet com os históricos de todos os candidatos à reeleição à Câmara dos Deputados, e mais as fichas de indivíduos notórios que se candidatarem. Isso permitirá que o eleitor compare o currículo de vida de gente com passado limpo com as folhas-corridas de pessoas sobre as quais pesam suspeitas cabeludas.

Uma campanha como essa só pode ter chance de atingir contingentes maiores do eleitorado se adotada por veículos de comunicação. De fato, muito pouca gente tem acesso à internet, e ainda assim só uma pequena parcela se inteirará dos históricos dos candidatos. Aderir à campanha é simples - basta adotar o slogan "Não vote em mensaleiro", divulgá-lo e informar o endereço de internet da Transparência Brasil (www.transparencia.org.br).

Os veículos que fizerem isso contribuirão para a melhoria do processo político brasileiro. Ajudando a barrar a eleição de pessoas indiciadas como réus em processos criminais, evitarão cometer a parreirada de reincidir teimosamente nos erros.

Claudio Weber Abramo
Diretor-executivo da Transparência Brasil, organização dedicada ao combate à corrupção no país
Obs.:
O curioso é que os "democráticos" PCdoB e PT, os "guardiões" da democracia, da ética, da liberdade de expressão e pensamento, representaram contra o texto pedindo que fosse retirado do site mas a justiça só mandou suprimir uma parte do texto ...

Mercadante: Crescimento de São Paulo foi medíocre


Crescimento do Países da América Latinha em 2005

Montagem /Folha Online

O candidato do PT ao governo de São Paulo, Aloísio Mercadante PT-SP, declarou recentemente que o crescimento de São Paulo nas últimas duas décadas, foi medíocre, numa clara referência a gestão do governo do PSDB. E ele tem razão, poderia ser bem melhor mesmo. Entretanto o crescimanto do país durante a úiltima gestão petista foi simplesmente ridícula, e o que é pior enquanto o mundo todo pegou carona nos ventos minuano, de céu de brigadeiro os incomptententes petistas ficaram enrolados como novelos de lã ou carretel de linha de pipa na mão de criança inexperiente, o tempo todo querendo fazer Superavit Primário e preocupados com os autos indices da taxa de juros pra beneficiar banqueiros, só pode, porque nada justificava uma taxa de juros de 22%, e o resultado disso é que so teve espetáculo de corrupção e roubo, e o cresciemnto do país, veja no quadro acima e relação abaixo, o país teve o pior cresciemento da América Latina, só superado pelo Haiti.
Se os incompetentes da equipe economica do governo do PT tivessem jogado a cartilha do Pedro Malan fora e procurassem se adequar ao momento atual, sim porque a cartilha do Malan serviu para uma época, um contexto, hoje está ultrapassada, os tempos são outros, não tem "Tigres Asiáticos" quebrando, não há alta do dólar, o país não corre risco de quebrar por evasão de divisas como houve em 1999, a Argentina não aplicou a moratória da dívida externa, afetando toda a America do Sul. Se o país tivesse em 2005 um crescimento pelo menos igual a São Paulo, aleluia, o país estaria muito bem, gerando mais empregos, desenvolvendo muito mais o PIB nacional, mas não tivemos um crescimento pífio de 2,3%, enquanto o mundo todo cresceu à média de 6%, a Argentina mesmo depois do calote, cresceu 9%, o Brasil só cresceu 2,3%, foi o penúltimo colocado no ranking mundial só sendo superado pelo devastado Haiti. E o senhor Mercadante vem tocar nesse assunto!!! Esquecendo-se do rabo de palaha de seu partido, oh senhor Mercadante, tem assuntos que o PT deve evitar, ética, corrupção, economia, mensalão, valerioduto, caixa dois, superfaturamento, fala nisso não candidato, quando fala pra analfabeto cola, mas pra quem se informa, te expôe ao ridículo e te coloca como uma pessoa que não pesa o que diz, sem crédito.

Esse é o resultado de se eleger um governo incompetente, sem projeto de crescimento, comprometido com os sistema financeiro, que teve lucros astronômicos, subjugado ao FMI e com o Superávit Fiscal, e que assume o poder sem programa econômico, sem competência, despreparado, sem quadro para assumi-lo, e passa a dar continuidade ao programa do governo anterior, estudando na sua cartilha, e promovendo altas de juros, elevando a carga tributária e os juros astronomicamente, exemplo a Media Provisória 232, publicada no "Diário Oficial" da União no dia 30 de dezembro de 2004, elevando as alíquotas do COFINS de 3% para 7,6% e a carga tributária para 52%.

Quando Lula assumiu o poder a carga tributária representava 24,5% do PIB hoje ele a elevou para 52%, inviabilizando as empresas, e onde o estado brasileiro figura como “sócio majoritário” de todas as empresas instaladas no território nacional.

A mudança na alíquota da COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) levou a um aumento da carga tributária para 52% das empresas brasileiras, segundo levantamento da CNI (Confederação Nacional da Indústria). No caso das grandes empresas, esse percentual chega a 69%. A alíquota foi elevada de 3% para 7,6% em fevereiro passado, quando a cobrança deixou de ser cumulativa --ou seja, sobre todas as etapas da cadeia produtiva. A expectativa era que uma medida compensasse a outra, sem aumento da carga tributária. A partir de maio, o imposto também passou a ser cobrado sobre todos os produtos importados.

Estimativas da Cepal para América Latina
América Latina 4,3%
Venezuela 9,0% (confirmado 9%)
Argentina 8,6% (confirmado 9,1%)
República Dominicana 7,0%
Uruguai 6,0%
Peru 6,0%
Panamá 6,0%
Chile 6,0%
Colômbia 4,3%
Costa Rica 4,2%
Honduras 4,2%
Nicarágua 4,0%
Bolívia 3,8%
Guatemala 3,2%
Equador 3,0%
Paraguai 3,0%
México 3,0% (confirmado 3%)
Brasil 2,5% (confirmado 2,3%)
El Salvador 2,5%
Haiti 1,5%
Fonte: Da Folha On Line / Austin Rating, com dados da Cepal

Veja Links abaixo sobre a matéria:
Para Mercadante, crescimento de SP na última década é "medíocre"

PIB 2005 - Folha Online
Brasil tem crescimento de apenas 2,3% em 2005, o 2º pior resultado da América Latina
Tributação elevada para 52% - Folha Online
www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u87978.shtml
Leia carga Tributária
www.portaltributario.com.br/