segunda-feira, 12 de dezembro de 2005

É impressionante a paixão brasileira pelos truculentos e maus


Merece um estudo científico, para se saber porque o brasileiro, sobretudo a ralé, a escória da sociedade, faz tanta questão de ter em seu rol de amizades pessoas, ruins, perversas, truculentas e aquelas que mais lhes humilham e tripudiam, mais eles adoram, bajulam,
Foto - Folha - Dirceu na CPI negando
que seja prepotente arrogante e asqueroso
puxam saco e paparicam.

É impressionante como as pessoas prepotentes, asquerosas, truculentas, ruins, conseguem aglutinar em sua volta um sem número das mesmas pessoas que eles maltratam, e ter tantos fãs, que eles humilham. Em alguns casos conseguem isso mais do que as pessoas do bem. Essas pessoas costumam provocar, até de certa forma uma certa paixão, de uma camada da sociedade, sobretudo a mais ralé, que passam a endeusar o truculento, e ser deles bajuladores, laçais, puxa sacos e fazer questão de dizerem que são amigos do tripudiador, "fulano é meu amigo", batem no peito orgulhosos, como se isso fosse um reforço ou garantia de que sendo amigo do truculento, “herói” todos o respeitarão mais, e isso é assim em todo o Brasil, sobretudo com pessoas de baixo QI.

Na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, por exemplo, houve uma época, antes da ação nefasta, para os membros dos grupos de extermínio, desenvolvida pelo então Diretor de Política da Baixada, Dr. Paulo Soto, e com uma grande colaboração de outro delegado Dr. Nilton Gama, que prenderam a maioria dos membros dos "grupos de extermínio" local, reduzindo drasticamente essa pratica na região, indiciaram e conseguiram que a justiça condenasse vários deles, onde todo mundo sabia e conhecia os membros desses grupos, a maioria policiais civis e militares, pessoal do corpo de bombeiros e alguns comerciantes, empolgados, por serem amigos de policias, e se envolviam nos grupos.

Esse pessoal costumava se reunir em bares das cidades da região, e ali bebiam horas, para depois sair para praticar seu "esporte" predileto, matar bandidos conhecidos e identificados na região, e quem estivesse junto, mãe, pai, crianças, eram as chamadas chacinas. O impressionante nisso, é que enquanto aquelas reuniões aconteciam, e nos causava mau estar, nojo, de ver e saber o que aqueles homens faziam na vida, era muito comum se ver, chegar no local das reuniões aquele povinho ralé, conhecido do local, escória, e fazer questão de cumprimentar e até tecer elogios em público a eles, do tipo "esse aqui é sangue bom, sujeito homi" e ficávamos olhando aquele desgraçado desclassificado, babando ovo, puxando saco de marginal e endeusando satanás, fazendo questão daquela amizade que à nós repugnava e dava nojo.

Nas favelas cariocas, não é diferente, o traficante é o "deus" do pedaço, dá dinheiro para remédio, enterro, botijão de gás, casamento, promove festas para toda a "comunidade", matam os abusados, ladrões, e pendura no poste para servir de exemplo, constrói o prédio da Associação dos Moradores, doa aparelhagem de som e alto falantes para serem instalados para chamar os moradores para receber cartas, encomendas e tudo que chega, para os moradores, na sede da associação, em fim, faz o papel do estado, e vive cercado, bajulado e até protegido por uma camada ralé da favela, que puxa saco e é subserviente deles, que com seu negócio, criminoso, próspero, sem ter que pagar nenhuma das 56 modalidades diferentes de imposto que o governo impõe a nós pobre mortais quem temos negócio legalizado fora das favelas, sim porque na favela não se paga nem luz, e ninguém se atreve a ir lá cortar, eles revertem parte desse lucro da “isenção de impostos” em beneficio da “comunidade”, para traze-la para seu lado, o que em 99,9% dos casos, conseguem.

Um caso clássico, público e notório desse tipo de comportamento, de sujeito ruim, asqueroso, arrogante, prepotente e truculento, mas que consegue aglutinar um monte de lacaios, bajuladores, baba ovo e puxa sacos em seu entorno, até pessoas que alguns acham algum nível, mas não tem, como parlamentares, se dá com o atual, cidadão comum, qualquer um do povo, mas ex-todo poderoso, ex-Guerrileheiro do MR8, ex-preso político, ex-presidente do PT, ex-ministro da Casa Cilvil, e ex-Deputado Federal, José Dirceu.

Dirceu é um exemplo típico desse tipo de asquerosidade nefasta, é público e notório, e foi até motivo de piada e chacota em um de seus depoimentos em uma das CPIs, quando ele disse "eu não sou prepotente e arrogante e nunca fui" e foi motivo de uma gargalhada geral do plenário, ao vivo para todo o Brasil ver, com uma observação que lhe deixou irado da deputada Zulaê. Mas mesmo assim Dirceu vive cercado de lacaios, puxa sacos, bajuladores, capachos, que fazem questão de se submeter a seus esculachos e serem chamados atenção asperamente em público, e continuam enfileirados fieis a ele. Caso por exemplo, da manipulação de Genoíno quando assumiu a presidência do partido para preservar Dirceu, a não perder o mandato se o escândalo que acabou acontendo e descambou em várias CPIs, já que Genoino não tinha nada a perder, era só dizer, como dizem todos no partido, que nào sabia de nada e assinou sem ler, e sem mandato, precisando de uma ocupação, tinha que arranjar um emprego se submeteu a Dirceu. Caso também de Delubio, pau mandado para cumprir as ordens de Dirceu na tesouraria do partido, segurar a onda, desse o que desse, assumir tudo sozinho e e ele cumpre magistral e fielmente seu papel. Caso de Buratti, também amigo pessoal de Dirceu, esse se desesperou e quaase entornou o caldo e entrega tudo numa pressão tática da Policia Federal, mas ao fim recebeu algumas visitas orientadoras na cadeia, supomos, se acalmou, e ficou firme. Esseq era um dos que tinham a incumbência de arranjar os meios para abastecer o Valerioduto e foi mandado para Ribeirão Preto no governo de Palocci, que culminou com o escândalo que todo o Brasil sabe, e continua rendendo, não fosse o acordoque se percebe entre PSDB e PT, Palocci e Gilberto Carvalho, secretário do presidente Lula, aquele da acareação mais cínica que já vimos um homem fazer, negando o óbvio, frente as afirmações dos irmãos de Celso Daniel ex-prefeito de Santo André, já estriam fritos.

Mas no caso Dirceu, há um componente que transcende todos os outros casos já vistos, que já mereceu até destaque da Revista Veja, caso inédito de submissão a qualquer preço, que é o "Bob" ou Marques, aquele que ficou celebre, por ter pego dinheiro para o chefe do Valerioduto do Banco Rural e Dirceu negou conhecê-lo, e disse que conhecia um tal Marques que era funcionário da Assembléia Legislativa de São Paulo. E Marques foi também motivo de matéria na Revista Veja, Dirceu na frente e ele atrás, com as malas do chefe, que primeiro disse não conhece-lo, mas depois dessa matéria e das fotos, disse que ele era amigo para todas as horas, que freqüentava sua casa e fazia companhia em momentos difíceis e fins de semana, e a revista disse ainda na matéria que é muito comum ver Dirceu se destemperar, xingar e gritar com Bob de todos os jeitos e maneiras, e Bob, baixa a cabeça e nada responde, segundo a Veja.

Por tudo isso, todas essas anomalias comportamentais do brasileiro, de pessoas que se submetem a uma situação humilhante e degradante, que nos perguntamos, a troco de que uma pessoa se submetem a sua auto desmoralização, ficando conhecido nos circulo de amizade, na familia e perante os colegas de trabalho, como o "esse ai é lacaio de fulano"? Porque essas pessoas não abrem mão dessas amizades e resgatam sua dignidade? Porque acham o seu opressor o todo poderoso? No caso de Dirceu hoje não é mais nem tão poderoso assim, vivendo seu inferno astral depois que a "casa caiu", mas esse tipo de comportamento é factível de ser estudado, cientifico, para entendermos o que leva uma pessoa a se submeter a esse tipo de degradação humana.

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